segunda-feira, 13 de junho de 2011

Uma academia gigantesca e a céu aberto.

Nesta vida agitada que levamos, muitas pessoas querem praticar uma atividade física regular. Alguns motivos que fazem com que as pessoas busquem este estilo de vida, entre outros são; a melhoria na qualidade de vida, físico mais atraente, vida mais saudável,etc. Para isto, busca-se a prática em clubes, academias de dança, ginástica, natação, adquiri-se equipamentos de ginástica para sua residência ou se escolhe um condomínio com os tais aparelhos para se morar.
Porém há alguns anos, muitas pessoas aderiram a uma prática simples e econômica, que pode ser realizada individualmente ou em grupo e, pelo menos para a grande maioria que pratica, é muito prazerosa: a corrida de rua.

O praticante pode correr quando quiser sozinho ou acompanhado, durante quanto tempo desejar, no local que tiver, com a velocidade e intensidade que mais lhe agradar. Basta para isso uma roupa leve adequada, um tênis (este acessório deve ter qualidade para evitar lesões) e um relógio, mas este é opcional. É indispensável dizer, que para a prática de qualquer atividade física, é necessário ter um mínimo de conhecimento e, se for o caso, acompanhamento de um profissional de Educação Física, além de um aval médico.

Existem hoje muitas empresas especializadas neste ramo e principalmente na organização de corridas de rua, estas acontecem normalmente aos domingos de manhã. Então, para os que além de praticar, desejam competir e serem premiados há muitas opções.

Para ilustrar melhor este texto, entrevistamos aqui um praticante de corridas, que além de se exercitar simples e moderadamente no início, chegou a participar de 6 maratonas (42km195m) e de duas ultra maratonas (50K e um revezamento de 24 h, 280km), Luis Augusto Mascarenhas de Vasconcellos.

Luis, quando começou a correr tinha quantos anos, e o que levou a esta prática?

Comecei a correr com 33 anos (1999), num momento em que estava bastante sedentário, era fumante e a balança estava começando a mostrar o meu futuro caso permanecesse no cotidiano em que me encontrava.

Teve gasto financeiro significativo com esta prática?

Inicialmente não, e poderia ter continuado sem gasto nenhum. É que a corrida envolve, você começa a participar de provas, algumas baratas (que hoje já não existem mais em São Paulo), outras mais caras, começa a viajar para correr, comprar tênis mais caros, etc. A questão das viagens, durante um longo período, se tornaram uma excelente forma de conhecer lugares novos. Procurava corridas em cidades em que o turismo também interessava e com isso viajei bastante. Durante um bom tempo me comprometia a correr uma prova por mês fora de São Paulo. Foi um período muito, muito bom.

Neste tempo, houve a oportunidade de conhecer pessoas, amigos, companheiros correndo?

Muita gente, muita gente mesmo. Hoje tenho grupos de amigos que conheci em função das corridas. Realizei muitas viagens com pessoas que conheci através das corridas e das assessorias esportivas das quais participei.  Claro que não posso afirmar que todos os corredores são “gente boa”, conheci muita gente que não gostei, mas de uma maneira geral, quem corre por prazer tem objetivos parecidos e buscam também muitas coisas em comum. Correr com companhia é sempre mais prazeroso, e sempre que posso tento correr acompanhado. Seja em treino ou em provas.
 

O que o levou a participar de provas tão longas quanto às maratonas? Qual foi sua melhor marca?

Em alguns momentos acho que chega a ser uma doença, uma compulsão. Cheguei a fazer muitos treinos malucos, que não fazem bem a saúde, mas o acúmulo de quilômetros, falam mais alto, a necessidade de correr, correr e correr, saem do controle. Hoje vejo a corrida de uma forma bem diferente, tento correr de forma que a atividade faça bem a minha saúde, sem neuras com km e com tempo. As maratonas vieram naturalmente, você vai aumentando a quilometragem e não tem jeito, quem corre compulsivamente, como já fiz por um período da minha vida, quer ser MARATONISTA.  E depois ULTRA maratonista. Minha melhor marca em maratona foi em Blumenau em 2003, 3h32. Nesse mesmo ano, corri a única maratona realizada pela Corpore em 3h33.


Lesões aconteceram nestes anos, por qual motivo específico?

Tive uma mais séria, um mês antes da maratona de Blumenau. Corri a base de antiinflamatórios, inclusive tomei durante a prova. Bati meu recorde nessa prova, mas amarguei dois meses de recuperação, com fortes e constantes dores. Como a contusão surgiu um mês antes da prova, hoje, considero como uma grande irresponsabilidade ter participado da maratona, e num ritmo bastante forte para mim. O motivo da lesão eu não sei e nem após a mesma tive um diagnóstico fechado.


Hoje, continua querendo diminuir seus tempos, acumular km, competir de maneira geral?

Não, continuo “contando” meus km, marcando meus treinos, mas sem neuras. Deixei de ir as corridas principalmente pelo preço das inscrições, que na minha opinião, passaram de abusivos.


Com quantos anos está hoje e por quantos dias corre por semana em média?

Estou com praticamente 46 anos, corro a 13. Atualmente corro entre 2 a 3 vezes por semana (6 a 8 km),  e faço musculação também na mesma quantidade.


Recomendaria tal atividade para as pessoas? Por que?

Sem dúvida, a corrida mudou minha vida, meu corpo, me trouxe mais saúde, um melhor, autoconhecimento, mais concentração, mais amigos, conheci lugares diferentes, melhoraram minha auto-estima, enfim só me fizeram bem.
 

Que mais adeptos comecem a correr em parques e ruas, pratiquem esta atividade simples, econômica e agradável, que entre tantas coisas, ajuda a prevenir doenças e ajuda a possuir uma vida muito mais feliz e saudável.


Até a próxima informação do esporte.
Zé Paulo

Um comentário:

  1. Muito bom saber que temos um esporte gratuíto e que nos dá bons resultados, mas lembrando sempre que o ideal é ser acompanhado de um profissional da área para não ter problemas futuros.
    Parabéns pela entrevista e obrigada por compartilhar as experiências conosco.
    Um abraço,

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