quinta-feira, 9 de junho de 2011

Esporte: Saúde ou tratamentos e departamento médico?

No esporte de rendimento, de performance, de resultados, os atletas devem estar no ápice de sua forma física, pois a cobrança, seja dos treinadores, seja da competição, seja de si próprio, é extrema.
No alto rendimento, não se consegue praticar sem preparo físico. Vimos recentemente um fenômeno do futebol não conseguir realizar aquilo que mais soube fazer em toda a sua carreira – gols - por mais que os companheiros tentassem ajudá-lo nesta tarefa, e com 3 chances claras. Porque Ronaldo não está mais preparado para competir neste nível, ainda que tenha sido num amistoso e contra uma equipe mediana como a da Romênia.

Sendo assim, o treinamento físico, tático, técnico levado a exaustão, em algum momento trará, invariavelmente, os atletas, a lesões.

Aproveito para fazer um parêntese e citar algo relacionado indiretamente. Infelizmente, para tentar minimizar as lesões ou ainda para melhores resultados, vemos até uma parcela de atletas se utilizando de substâncias ilícitas, o chamado doping, em muitas modalidades esportivas. Inclusive recentemente, foi divulgado pela mídia com mais ênfase, o caso do ciclismo brasileiro e mundial, envolvido em muitos casos de doping.

Voltando ao tema central, se observa atletas afastados de suas atividades pela carga excessiva de competições, muitos treinos e pouco tempo de recuperação e descanso, essenciais na prática de qualquer atividade física.

Alguns casos recentes e famosos são: Luis Fabiano no retorno ao São Paulo, Adriano contratado do Corinthians e Paulo Henrique Ganso entre outros atletas do Santos na maratona de jogos entre Libertadores, campeonato Paulista e Brasileirão. E ontem, vimos o meio de rede Gustavo Endres ser cortado da seleção brasileira masculina de vôlei por uma fratura no pé esquerdo. O jogador não se recuperará a tempo de disputar a Liga Mundial.

Então, para aqueles pouco envolvidos com o tema, é importante saber: o esporte de alto nível, performance e rendimento, nada tem a ver com uma vida saudável, colhe-se pouquíssimos frutos de tal situação: corpo bem definido esteticamente, recuperação mais rápida em tratamentos e, dependendo da modalidade, também há maior capacidade cardíaca. Mas, comparado as lesões, tratamentos e seqüelas posteriores ao término de uma carreira esportiva, são benefícios muito pequenos.

Porque então tantas pessoas querem ou quiseram (inclusive este que vos escreve), ser atletas profissionais? Tomo aqui a liberdade de responder a esta pergunta... porque é gostoso jogar, correr, competir, existe a liberação da tão falada substância, endorfina pós atividade. As pessoas gostam da glória, aplausos, o esporte emociona, diverte, alegra.

Que as pessoas tenham em mente então, que para se ter uma vida saudável, devemos praticar atividade física regular, moderada e com tempos adequados de recuperação. E, se possível, prazerosa.

Mas insisto em dizer, ao final da maratona de São Paulo (2010) completada em 4h15m11s, a sensação é indescritível, apesar de ter de ouvir um sermão de um neurologista que disse: “Maratona é coisa pra atleta profissional, e mesmo estes, se machucarão cedo ou tarde”, mas o sentimento é incrível.

Quem puder que faça a escolha mais correta para si: esporte ou vida saudável.

Até a próxima informação do esporte.
Zé Paulo

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