Dia e hora marcada: o último cigarro seria fumado no dia 31 de janeiro de 1999 e, a partir do dia 01 de fevereiro iria começar a treinar. Na data marcada fumou seu último cigarro e mais uma vez anunciou: esse é o último. E foi... Começou a treinar no bosque da USP, com muita dificuldade. Demorava meia hora para chegar lá, de carro, corria 1 km em 7 ou 8 minutos e já tinha que parar. Dores no diafragma, tonturas e canelite eram os sintomas básicos. Foi alternando corrida e caminhada e em pouco tempo estava correndo de 20 a 25 minutos sem parar. Inscreveu-se para uma prova de 6 km no Ibirapuera, e pronto.
Nunca mais parou, e nem fumou. Daí pra SS foi um pulinho, ou melhor, uma corridinha. Terminou a SS, foi recebido com muito orgulho pela esposa, e a noite, novamente com os mesmos amigos, celebraram o Reveillon e a promessa feita e cumprida.
Daí para a primeira maratona foi fácil, só que desta vez, houve apenas incentivos, sem nenhuma sombra de dúvida, que mais esse desafio seria vencido. E assim foram: uma, duas, três... E nunca mais fumou. A vida mudou, as coisas melhoraram, as pessoas o acharam mais jovem, mais disposto, mais determinado, basicamente elogios e incentivos. Poucos não entendem, não vêem muito valor, acham que é falta do que fazer ou loucura.
Às vezes também acho meio loucura, mas falta do que fazer com certeza que não, pois deixo de fazer muitas coisas para poder correr. Uma coisa é certa, a vida mudou muito, muitos amigos novos, gente bonita, com saúde, disposta a viver e a sorrir.
Obrigado Luis, pelo texto e mais uma vez, parabéns! Foi uma iniciativa e tanto.
Zé Paulo
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